A Icônica Bolsa Chanel modelos 2.55 e 11.12 

Chanel por si sempre foi e será um ícone histórico, mas a bolsa Chanel modelo 2.55 se sobressaiu dentre outras de suas façanhas. É claro que um símbolo tão imponente na marca daria origem a outros modelos inspirados nela, como a 11.12 de Karl Lagerfeld!

2.55 | Contexto E Inspirações

Vamos começar falando dela, afinal foi a Bolsa que instigou a maior parte do mundo a desejar uma bolsa Chanel como sua, além de, é claro, ter servido como modelo para réplicas no mercado e base dentro da própria marca para desenvolvimento de versões mais atualizadas.

Foi a primeira bolsa moderna: feminina e revolucionária. E Porque? Bom, Coco Chanel criava bolsas desde a década de 1920. Eram clutches e outros modelos, muitas vezes feitos com as sobras dos tecidos das roupas. Entretanto, com a 2.55, a história foi um pouco, pra não dizer completamente, diferente. 

Depois da Segunda Guerra, quando a estilista enfrentou um julgamento por se envolver com alemães (foi inocentada) e uma decisão de auto exílio na Suíça, Coco resolveu voltar triunfante para Paris.

Voltando às raízes da Rue Cambon, o tão famoso ateliê de costura no número 31 estava fechado desde 1939 e só reabriu em 1945 quando a queridíssima retornou à cidade da luz! De lá ela se mudou para o hotel Beau-Rivage, em Geneva, e ficou lá até “a poeira baixar”, como uma forma de evitar possíveis acusações com seu envolvimento com os nazistas, ficou lá até 1954.

Assim que retornou não tardou em recuperar o tempo perdido nos seus negócios e o sucesso! A primeira a comemorar seu comeback foi a fundadora e editora chefe da revista ELLE, Hélène de Lazareff, que se apressou em homenagear Mademoiselle Chanel na capa da revista. 

O acessório tão comentado hoje em dia veio em fevereiro, mês 2 de 1955. Supersticiosa, Coco encontrou o nome perfeito para a criação: 2.55. Para ela, o “dois” representa harmonia e simetria, e o “cinco” era o número místico da natureza, inclusive era o seu número da sorte sem nenhum motivo aparente.

Além disso, a estrutura de couro acolchoado e a alça de corrente da 2.55 foram inspiradas pelo amor de Coco à montaria de cavalos.

As bolsas originais tinham uma tonalidade borgonha, semelhante aos uniformes no convento onde ela cresceu.

Há uma história curiosa sobre o bolso interno com zíper:

Há rumores de que Coco teria incluído esse compartimento no design para guardar suas cartas de amor e batons.

Em geral toda a estrutura da bolsa foi pensada no conforto feminino, não podia esperar menos que isso de fato, ali foi aplicada a alça (de corrente) onde mulheres poderiam expressar sua espontaneidade sem se preocupar em perder suas bolsas por aí, e consequentemente as mil e uma coisas que cabem dentro de uma bolsinha minúscula.

A cor também facilitava a visualização dos objetos lá dentro!

Karl Lagerfeld e sua inspiração

Em 1983, a maison deu boas-vindas ao sucessor de Coco, o alemão Karl Lagerfeld. Entre suas primeiras decisões criativas, Karl não quis continuar a produção do modelo. Ao contrário, iria relançá-lo na versão 11.12.

A nova bolsa, batizada em referência ao modelo de aba, era muito parecida com a original. Ainda eram 2 abas (uma interna e outra externa) e 7 bolsos, seis internos e um externo, apelidado pelos artesãos de Verneuil-en-Halatte, onde as bolsas são feitas, de “sorriso da Mona Lisa”, em referência ao formato arredondado suave.

Na alça de corrente, Lagerfeld acrescentou uma tira de couro entre os elos e trocou o fecho mademoiselle pelo monograma icônico da marca, os dois C’s entrelaçados. Nos anos 90, trouxe também um modelo mais leve, com apenas uma aba, e começou a investir em edições nos mais variados tamanhos, cores e materiais.

Um suspiro de alívio para os fãs, clientes e colecionadores, Lagerfeld resgatou a 2.55 em 2005, no aniversário de 50 anos do acessório. Desde a morte do kaiser em 2019, os dois modelos continuam parte da maison, agora com interpretações de Virginie Viard, a primeira mulher na direção da marca desde a própria Coco Chanel. Com um olhar para o feminino, as bolsas “irmãs” seguem entre os modelos mais icônicos e reconhecíveis da moda, como sinônimo do timeless chic.

Espero que tenha gostado!! Até a próxima.

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