Ucrânia e Rússia, um conflito aberto, em que cada movimento é significativo, inclusive o menor dos protestos.
Modelos, influencers e estilistas ucranianos, que participaram da Semana da Moda de Milão manifestaram a sua indignação nas fachadas dos desfiles pela Itália, o pedido era um só:
Que a Rússia pare com os ataques contra a Ucrânia.
Nas redes sociais, figuras da indústria da moda de origem ucraniana publicaram seus apelos. Por exemplo a modelo Valeriya Komarova, que chegou ao evento em Milão com uma placa escrito “Sem guerra da Ucrânia“. Na postagem ela pede para que a imagem seja divulgada.
“Tentamos prestar o máximo de atenção à situação na Ucrânia, pedimos à mídia e aos fotógrafos mundiais que postassem a foto”, escreveu.
Em outra publicação, Valeriya diz: “A Ucrânia é a minha casa! Tem sido terrível dormir em um hotel quando meus amigos dormem nos porões. Não pretendo ficar aqui. Vou procurar formas seguras de retorno”.
Todos em solidariedade com a Ucrânia
A influencer de moda ucraniana, Alina Frendiy, pediu para que a OTAN bloqueie o espaço aéreo da Ucrânia e para que a Rússia pare a guerra. Ela tem participado de manifestações na cidade com bandeiras do país.
Já a estilista polonesa, Julianna Hurka, pediu doações de alimentos e produtos como cabanas e garrafas térmicas para serem entregues à população ucraniana que tem procurado refúgio na Polônia.
“As pessoas ficam na fronteira nos trens por 20km, 14 horas. Eles estão com frio e, muitas vezes, com fome. As pessoas precisam da nossa ajuda, estão abalados e chocados”.
A embaixadora de marcas ucranianas, Poly Kyrychenko, também publicou seu manifesto na Semana de Moda. Em um post com participantes segurando a bandeira da Ucrânia antes de um desfile, ela diz estar preocupada com a família.
“Lágrimas, dor e frustração. Você olha ao redor. Paz e festa. E foguetes e explosões voam em casa. E em casa minha família e meu filho! Como um filme de terror”, publicou.
Ucrânia e Brasil
Em uma entrevista, o presidente da Representação Ucraniano Brasileira, Vitório Sorotiuk, comentou:
“E naturalmente, nós vamos apelar que o governo brasileiro e o povo brasileiro organize a ajuda humanitária à Ucrânia, a guerra ela traz destruição não somente de soldados de aparatos bélicos, mas da infraestrutura econômica e ela geralmente causa milhões de refugiados”.
Quis comentar sobre ele aqui hoje para associar duas coisas:
- Como essa guerra afeta inevitavelmente a moda:
A invasão russa da Ucrânia e possíveis repercussões econômicas podem colocar em risco mais de 1 bilhão de euros (R$ 5,8 bilhões) em exportações de produtos de luxo para a Rússia, afirmou o presidente da Câmara Nacional de Moda Italiana, Carlo Capasa, em entrevista à AP, durante a Semana de Moda de Milão, que teve início na terça-feira (22.05).
“Não é nem o momento de pensar no dano econômico, mas sim no dano que o homem causa a si mesmo”, diz o presidente da Câmara Nacional de Moda Italiana.
Porém, de mesma importância também comentou que se continuar assim os danos poderiam ser graves, e agora o que de fato podemos e devemos, é pensar em como a economia será afetada de forma tão bruta em pouco tempo. Reflita.
E em segundo ponto, gostaria de comentar sobre a camisa de linho:
Em sua entrevista Vitório usou o tradicional “Vyshyvanka” como uma forma respeitosa de representar o país pela vestimenta com valor tão simbólico.
O vestuário ucraniano percorreu um longo caminho desde a sua formação na antiguidade até hoje. Ele é muito versátil no respeito regional, mas inclui os elementos que caracterizam uma história geral da cultura ucraniana. Assim, o elemento principal da roupa era uma camisa. As camisas pertencem aos tipos mais antigos de roupa.
“Daniel, eu fiz questão de colocar essa camisa que é o símbolo da nossa identidade! E eu apelo ao povo brasileiro que saiba que essa agressão não é uma agressão só ao povo Ucrâniano, é uma agressão a Europa, é uma agressão a humanidade” Comentou Vitório.
Como uma despedida eu quero deixar aqui para o povo ucraniano, nós estamos com você e desejamos que isso acabe logo! Acima de qualquer idealização, todo país tem o direito sobre sua própria soberania e liberdade.
